26 de março de 2013

Páscoa, a esperança de uma vida nova.

  
Entre as civilizações antigas, os historiadores encontraram informações que levam a concluir que uma festa de passagem era comemorada entre povos europeus. Geralmente, esta festa era realizada na primeira lua cheia da época das flores.  Principalmente na região do Mediterrâneo, o fim do inverno e o começo da primavera eram de extrema importância, pois estava ligado a maiores oportunidades de sobrevivência em função do rigoroso inverno que castigava a Europa, dificultando a produção de alimentos.
 A Páscoa é uma das datas comemorativas mais importantes entre as culturas ocidentais. A origem desta comemoração remonta muitos séculos atrás.
Ícones da Páscoa
A figura do coelho está simbolicamente relacionada a esta data comemorativa, pois este animal representa a fertilidade. Entre os povos da antiguidade, a fertilidade era tida como sinônimo de preservação da espécie e de melhores condições de vida, numa época onde o índice de mortalidade era altíssimo. No Egito Antigo, o coelho representava o nascimento e a esperança de novas vidas.
A reprodução tem a ver com os significados religiosos da Páscoa no sentido que tanto para os judeus quanto para os cristãos, esta data relaciona-se com a esperança de uma vida nova.
 
A Páscoa entre os cristãos
Entre os primeiros cristãos, esta data celebrava a ressurreição de Jesus Cristo (quando, após a morte, sua alma voltou a se unir ao seu corpo). O festejo era realizado no domingo seguinte a lua cheia posterior ao equinócio da Primavera. Entre os cristãos, a semana anterior à Páscoa é considerada como Semana Santa. Esta semana tem início no Domingo de Ramos que marca a entrada de Jesus na cidade de Jerusalém.   
A Páscoa Judaica
A Páscoa Judaica está relacionada com a passagem dos hebreus pelo Mar Vermelho, onde liderados por Moisés, fugiram do Egito por volta de 1250 a.C. Nesta data, os judeus fazem e comem o matzá (pão sem fermento), pois não sobrou tempo para fermentar o pão. 
   
 
A tradição de oferecer ovos naturais com desenhos na casca vem da China. Assim como os chineses, os egípcios e outras culturas antigas espalhadas no Mediterrâneo, no leste Europeu e no Oriente, ofertavam ovos como por ocasião da chegada da primavera.
Depois da morte de Jesus Cristo, os cristãos consagraram esse hábito como lembrança da ressurreição e no século XVIII a Igreja adotou-o oficialmente, como símbolo da Páscoa.
 No auge do período medieval, os nobres costumavam comemorar a Páscoa presenteando os seus com o uso de ovos feitos de ouro e cravejados de pedras preciosas.
Os espanhóis, ao entrarem em contato com os nativos da América, foram responsáveis pela divulgação do chocolate na Europa. Mas foi a partir do século XVIII, que os franceses tiveram a ideia de fabricar os primeiros ovos de chocolate da história, em substituição aos ovos duros e pintados, que passaram a ser escondidos nos jardins.

                            
                 Os ovos de Páscoa de chocolate, os enfeites e as joias,
         também se encontram neste contexto da fertilidade e da vida.


 


Um comentário:

  1. Uau...Desconhecia a origens da tradições dos ovos de Páscoa. Foi sem dúvida um artigo muito interessante vou até compartilhar no meu facebook. Para quem ler este comentário deixo aqui a indicação de uma série que foi um sucesso de audiências nos EUA e aqui na Europa. "A Bíblia" uma mini serie de 8 episódios que teve vários diretores e um elenco excelente....vai muito além de religiões...conta todas as passagens da bíblia de uma forma cinematográfica excelente. Quem tiver interesse eu aconselho!!!Obrigada à nossa querida Lydia Sayeg pelo excelente artigo.

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